Lado Belf - parte 3
- Dançarina
- 30 de mai. de 2018
- 3 min de leitura
Aendir virou uma obsessão.
Eu pensava nele sempre. E tive a certeza de que precisava fazer algo em relação a isso quando, transando com um casal de draeneis, pensei nele e perdi o ritmo! Mal dormi naquela noite, pensando no assunto, mas eis que me surgiu a seguinte conclusão: Não trepamos realmente! Era isso! Eu fiquei curiosa de saber como ele era no vai-e-vem e por isso ele teria se tornado uma ideia fixa. Era só dar pra ele apropriadamente e pronto – minha vida voltaria ao normal.
***
Aquela semana estava bem puxada pra todo mundo. Ainda mais para ele, com nossa líder de guilda exigindo que ele conseguisse o melhor equipamento em poucos dias. Então, só pude puxá-lo para conversar na sexta, à noitinha, quando já saíamos do Salão de Classe.
— Posso te pagar um drink, depois desse dia puxado de missões? – perguntei, me aproximando.
— Eu adoraria. Estou precisando de uma boa cerveja.
Fomos para uma estalagem ali mesmo, nos domínios da Horda, em Dalaran. Tomamos nossa primeira rodada em silêncio. Dava para ver o quanto ele estava cansado. A taverna estava até cheia e a garçonete demorava trazer uma segunda rodada. Aproveitei e toquei no assunto.
— Te chamei porque queria conversar algo. Mas estou receosa de que possas entender mal. Ficou faltando algo em nosso último encontro, não é? — e sorri, maliciosa.
Não sei se ele não percebeu as minhas intenções ou fingiu que não, mas o sorriso com que ele me respondeu não foi nada malicioso, foi... um sorriso alegre e inocente. Um sorriso lindo.
— Sim! Nós devíamos ter trocado os nossos endereços para correspondência naquele dia! Ficar esperando pelo destino ou pela nossa mestra de guilda nos dar uma folga não dá muito certo.
— É, isto também. Mas não era disso que eu estava falando. — Dei uma pausa porque nossas cervejas chegaram, aproveitei e bebi um pouco mais — A gente não transou realmente, não é? Ficou o gostinho de quero mais — ele ia falar algo, mas não deixei — Eu sei, eu sei. Segundo encontro parece que já é compromisso, não é? Não é isso, não me entendas mal. Eu quero a continuação do primeiro... não um segundo, sabe? A gente transa de fato como deveríamos ter transado na primeira vez.
Ele mudou a posição na cadeira, colocando o corpo mais para trás. Terminou a cerveja de uma vez só. Pediu outra.
— Eu topo. Mas tenho uma condição: eu quero te levar a um lugar antes.
— Que lugar?
Ele riu.
— Será uma surpresa. Embora depois eu possa dar o que você veio me pedir, eu quero fazer outras coisas com você.
— Outras coisas tipo?
— Um passeio, um jantar e um café da manhã.
Eu devo ter ficado com uma cara de quem não sabia o que responder.Quando dei por mim, a garçonete que trouxe mais chopps havia parado do nosso lado. A orquisa começou a falar:
— Aceita logo! Aceita logo, mulher, senão eu me candidato!
— Contanto que no meio disso aí tenhamos uma boa trepada, eu topo.
A orquisa fez um “yeah” e se foi, não antes de deixar a conta.
— E como será?
— Amanhã nos encontramos no fim de tarde, na Torre Solfúria. Te levo para o passeio, depois voltamos a minha casa, onde faremos todo o resto.
— Calma lá. Sugiro uma mudança: você me leva para esse passeio, mas podemos jantar e dormir numa estalagem. Prefiro assim.
— Tudo bem, grã-senhora.
— E nada de grã-senhora!
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